A COMUNICAÇÃO SOCIAL DO REGIME






Ainda estou para perceber o que leva os jornalistas e comentadores da bolha mediática (em grande parte e felizmente  não acompanhada pela maioria dos portugueses), independentemente das suas orientações ideológicas, a menorizarem, vilipendearem e por vezes boicotarem as posições do partido CHEGA, dos seus eleitos, militantes, simpatizantes e do seu líder André Ventura.


Será que são instruídos pelas redacções nesse sentido?


Será que sofrem de repúdio visceral a quem ponha em causa os desmandos e desfuncionamentos do sistema politico, seus apaniguados e respectivas prebendas?


Penso que as palavras isenção e deontologia não terão muito significado para muitos deles, onde "cascar" na direita (como dizia o sinistro Santos Silva), é o seu principal propósito editorial.


Os senhores do grupo Impresa/SIC  CNNP/TVI, RTP e também alguns OCS escrita, não são capazes de perceber que os portugueses fora da bolha mediática irrealista (e até dentro), expressaram o seu descontentamento com o branqueamento sistemático pela comunicação social, do falhanço da governação socialista, dando uma votação expressiva e maioritária aos partidos à direita do PS?


Então porque é que jornalistas e comentadores insistem no apoucamento do partido CHEGA? Só porque sim, desvirtuando a essência democrática e legitima do seu programa e até da sua existência, ignorando os resultados eleitorais?


Será que no novo contexto político, que decorre das eleições do passado domingo, os grupos de CS e respectivos órgãos, vão dar instruções aos seus jornalistas e comentadores para passarem a ser mais brandos e menos insidiosos, com os elementos e propostas do CHEGA, adaptando-se oportunisticamente aos novos tempos?


Afinal a comunicação social, infelizmente em Portugal é mesmo o primeiro e não o quarto poder (vá-se lá saber porquê), que em última estância, mesmo que apregoe independência editorial, tende a ser parcial e favorável a uma determinada área politica, isto é, à esquerda.


O CHEGA tem incomodado muita gente habituada a comer à mesa das governanças e prebendas dos até agora partidos do centrão PS e PSD. 

Acontece que e o povo, ao expressar-se claramente a favor de uma mudança de ciclo politico, como aconteceu no passado domingo, poderá incomodar muitos mais, designadamente os habituais próceres/elites do regime, uma vez que, finalmente, depois de tantos anos, poderá haver condições politicas para dar corpo a uma verdadeira conjuntura política, onde se cumpra a Constituição em matéria de equidade, justiça social, desenvolvimento social e económico dos portugueses, enunciados há 50 anos como bases fundamentais da nóvel democracia portuguesa.

João Saltão

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