Acabei de ler o livro "1822" de Laurentino Gomes, que constitui um verdadeiro repositório de emoções sobre as grandezas e misérias da vida de D. Pedro I do Brasil (D. Pedro IV de Portugal) e das circunstâncias que deram origem à grande nação brasileira.
Todos os portugueses e brasileiros que se sentem emocional e mútuamente próximos (como é o meu caso em relação aos meus queridos amigos brasileiros e vice-versa), deverão ler este livro, porque seguramente, a sua leitura contribuirá para um entendimento mais lúcido da nossa essência e percursos comuns até à actualidade.
Cito a parte final do livro de Laurentino Dias:
"Como um espírito luminoso de duas silhuetas, repartido na morte entre as duas pátrias em que nasceu, viveu, lutou e morreu, D. Pedro permanece hoje como um laço de aproximação entre brasileiros e portugueses.
Apesar das divergências do passado e das incertezas de um mundo em rápido processo de transformação no presente, Brasil e Portugal têm conseguido manter e reforçar com relativo sucesso os seus vínculos ancestrais. Na primeira metade do século passado, portanto já bem depois da Independência, mais de um milhão de portugueses migraram para o Brasil. Seus descendentes directos - filhos, netos ou bisnetos - são estimados hoje em 25 milhões de pessoas. É um grupo que inclui nomes famosos como as atrizes Marília Pêra e Fernanda Montenegro, o director Antunes Filho, o escritor Rubem Fonseca, as cantoras Fafá de Belém e Fernanda Abreu, o baterista Tony Bellotto, a apresentadora Ana Maria Braga, o médico Drauzio Varella, o jogador Zico e os empresários Abílio Diniz e Antônio Ermírio de Moraes.
A partir da década de 90, a onda migratória se inverteu. Portugal foi invadido por dentistas, publicitários, enfermeiras, manicures e administradores de empresa brasileiros, entre outros profissionais, que actualmente formam a maior comunidade estrangeira em território português, estimada em 120.000 pessoas. Todos os anos, 220.000 passageiros atravessam o Atlântico em viagens de turismo ou negócios entre os dois paises.
A produção cultural brasileira - em especial a música, o cinema e as novelas e minisséries de televisão - é admirada e ávidamente consumida em Portugal. Na economia, ocorre o oposto. Há cerca de 700 empresas portuguesas em território brasileiro, algumas das quais são líderes em sectores estratégicos como transportes, comunicações, energia, produção de alimentos e comércio.
Esses números são uma prova de que, dois séculos depois, o sonho do Reino Unido alimentado por inúmeros brasileiros e portugueses até 1882 ainda se mantém vivo. É um reino menos formal do que o imaginado por D. João VI, D. Pedro I e José Bonifácio de Andrada e Silva, porém mais sólido e duradouro porque tem suas raízes plantadas na língua e na cultura que sempre funcionaram como a identidade entre esses dois povos."
Todos os portugueses e brasileiros que se sentem emocional e mútuamente próximos (como é o meu caso em relação aos meus queridos amigos brasileiros e vice-versa), deverão ler este livro, porque seguramente, a sua leitura contribuirá para um entendimento mais lúcido da nossa essência e percursos comuns até à actualidade.
Cito a parte final do livro de Laurentino Dias:
"Como um espírito luminoso de duas silhuetas, repartido na morte entre as duas pátrias em que nasceu, viveu, lutou e morreu, D. Pedro permanece hoje como um laço de aproximação entre brasileiros e portugueses.
Apesar das divergências do passado e das incertezas de um mundo em rápido processo de transformação no presente, Brasil e Portugal têm conseguido manter e reforçar com relativo sucesso os seus vínculos ancestrais. Na primeira metade do século passado, portanto já bem depois da Independência, mais de um milhão de portugueses migraram para o Brasil. Seus descendentes directos - filhos, netos ou bisnetos - são estimados hoje em 25 milhões de pessoas. É um grupo que inclui nomes famosos como as atrizes Marília Pêra e Fernanda Montenegro, o director Antunes Filho, o escritor Rubem Fonseca, as cantoras Fafá de Belém e Fernanda Abreu, o baterista Tony Bellotto, a apresentadora Ana Maria Braga, o médico Drauzio Varella, o jogador Zico e os empresários Abílio Diniz e Antônio Ermírio de Moraes.
A partir da década de 90, a onda migratória se inverteu. Portugal foi invadido por dentistas, publicitários, enfermeiras, manicures e administradores de empresa brasileiros, entre outros profissionais, que actualmente formam a maior comunidade estrangeira em território português, estimada em 120.000 pessoas. Todos os anos, 220.000 passageiros atravessam o Atlântico em viagens de turismo ou negócios entre os dois paises.
A produção cultural brasileira - em especial a música, o cinema e as novelas e minisséries de televisão - é admirada e ávidamente consumida em Portugal. Na economia, ocorre o oposto. Há cerca de 700 empresas portuguesas em território brasileiro, algumas das quais são líderes em sectores estratégicos como transportes, comunicações, energia, produção de alimentos e comércio.
Esses números são uma prova de que, dois séculos depois, o sonho do Reino Unido alimentado por inúmeros brasileiros e portugueses até 1882 ainda se mantém vivo. É um reino menos formal do que o imaginado por D. João VI, D. Pedro I e José Bonifácio de Andrada e Silva, porém mais sólido e duradouro porque tem suas raízes plantadas na língua e na cultura que sempre funcionaram como a identidade entre esses dois povos."
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