O jornal "i" publicou hoje um excelente artigo que pode (deve) interessar todos os utilizadores do"facebook". Aconselha-se a sua leitura para perceber um pouco melhor até onde vão as virtualidades e perversidades do uso daquela rede social.
Na ânsia/obcessão de estar "integrado" socialmente, e contornar eventuais quadros de solidão e timidez, aceitam-se e convidão-se ilustres e menos lustres desconhecidos como "amigos", que dificilmente se converterão em amigos de facto, visto que para tal, será sempre necessário ultrapassar o conforto e comodismo da comunicação virtual, para a frontalidade da comunicação real, geradora (sem equívocos) de um verdadeiro relacionamento social, nas suas diversas vertentes, designadamente na dimensão emocional e/ou sexual.
Por outro lado, também há que perceber os sinais dos tempos no que respeita à mudança de paradigma ocorrida nos últimos 20 anos, no que se refere à substituição progressiva de hábitos sociais promotores de sociabilização (encontro nos cafés de bairro, participação em eventos sociais e profissionais, etc.), pelo "conforto" de, sem sair de casa, poder ir directamente ao encontro, com ou sem sucesso, do hipotético(a) amigo(a) ou amante que está ali à mão e à distancia de um "clik" de rato.
Não sendo totalmente imune a esta nova realidade, antes pelo contrário, ocorre-me dizer que há mais vida para lá das imensas horas que passamos, solitariamente, frente ao computador.
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