Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Conduzimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados,
Lemos muito pouco, assistimos TV demais, perdemos tempo demais em relações virtuais, e raramente estamos connosco.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;
Adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.
Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistámos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpámos o ar, mas poluímos a alma;
Conquistámos o espaço, mas não o nosso próprio.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores.
Limpámos o ar, mas poluímos a alma;
Escrevemos mais mas aprendemos menos;
Planeamos mais, mas realizamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
Do homem grande, de carácter pequeno;
Lucros acentuados e relações vazias.
Esta é a era dos dois empregos, vários divórcios,
Casas chiques e lares despedaçados.
Esta é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Planeamos mais, mas realizamos menos.
Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta;
Do homem grande, de carácter pequeno;
Lucros acentuados e relações vazias.
Esta é a era dos dois empregos, vários divórcios,
Casas chiques e lares despedaçados.
Esta é a era das viagens rápidas,
fraldas e moral descartáveis,
dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'.
Paradoxo do Nosso Tempo
George Carlin
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